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Como surge a Dependência Emocional?

A dependência emocional surge de uma maneira sutil, mascarada e rotulada como “amor intenso e incondicional”. Frases como “não vivo sem esta pessoa” são comuns e, inicialmente, podem parecer recheadas de sentimentos positivos. Parece um belo romance, similar aqueles que vemos em filmes e séries.

Essa dependência é mais presente quando há uma dinâmica doentia, envolta em possessividade e ciúmes, entre duas pessoas. O dependente quer ser o centro do mundo do outro, sufocando-o com suas demandas e necessidades. As partes envolvidas deixam de querer ficar juntas por prazer e sentem-se obrigadas a permanecerem no relacionamento.

Apenas para reforçar o que já falamos aqui, a dependência emocional é um transtorno psicológico, assim como a dependência química, alcoolismo, depressão, etc.

Os sintomas do transtorno podem variar de acordo com o nível de dependência no qual a pessoa já está inserida. Entretanto, podemos listar os principais sinais, que são:

Ciúme excessivo: Por justamente ter medo do abandono.

Dificuldades para demonstrar desacordo: O dependente aceita tudo que a outra pessoa diz, sem emitir uma opinião própria por depender do pensamento alheio.

Extremismos: É capaz de se sujeitar a coisas extremas para receber atenção e carinho. Isso inclui atitudes agressivas e violentas.

Apresenta medo irreal de abandono: Sufocando a pessoa ao seu lado e fazendo com que ela “largue tudo” para demonstrar que não irá abandoná-lo.

Dificuldade para iniciar projetos: Tendo em vista que sempre precisará de opiniões alheias.

Sente-se incapaz para tomar decisões: Deixando na mão de outra pessoa as suas responsabilidades.

É possível perceber um certo padrão caracterizado por questões afetivas sempre insatisfeitas. Como se o indivíduo precisasse de “doses maiores” da outra pessoa, a cada dia. Muito parecido com o que acontece com a dependência química, por exemplo.

Assim como todos os outros tipos de transtornos psicológicos, a dependência emocional também possui tratamento.

O primeiro passo é reconhecê-la. Pois se a pessoa não sabe que tem um problema, obviamente não irá buscar ajuda.

A pessoa que busca satisfazer as suas pendências emocionais no outro raramente consegue fazê-lo. A procura pela segurança e pelo amor se torna eterna porque ninguém é capaz de preencher o vazio presente em seu peito. Ainda assim, ela acredita que é impossível viver sem estar acompanhada.

Para conseguir se livrar da dependência emocional de uma vez por todas é fundamental investigar as origens desse apego extremo. É uma experiência ruim do passado? Um relacionamento afetivo que não deu certo? Um trauma de infância? Falta de expressões de amor dos pais e familiares?

Isso implica em confrontar lembranças e medos desconfortáveis. O enfrentamento não é feito de um dia para o outro tampouco em um único mês de terapia. É um processo longo de introspecção e construção do amor-próprio, que requer a superação de limitações emocionais.

Quebrar o elo com a dependência significa encontrar a liberdade pela primeira vez. Para quem nunca viveu sem amarras, esse pensamento pode ser intimidador. No que você poderá se segurar para não se sentir inseguro, indesejado e incapaz?

A resposta é simples: em você mesmo. Acabar com a dependência é também transferir a necessidade de atenção e de carinho para si mesmo. Em vez de escolher alguém para ser o seu porto seguro, você será o seu porto seguro!

Para chegar a esse ponto, muitas reflexões sobre vivências, emoções e crenças débeis são necessárias. Pessoas dependentes levam tempo para encontrar motivos para se amar, por isso, esse processo raramente é efetivo quando feito sozinho.

A dependência emocional prejudica tanto a pessoa dependente quanto a pessoa alvo das incansáveis exigências por atenção. O relacionamento que tem como alicerce essa forma de dependência está fadado a ser nocivo para ambas as partes envolvidas.

Agora que você já sabe como surge a dependência emocional, e se encaixe nesta situação.

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